terça-feira, 24 de abril de 2012

Todo bom time começa por um...

No último final de semana, Júlio César falhou? Sim, e muito, e o Corinthians está fora. Deola também e o Palmeiras caiu. Felipe, idem e o Flamengo deu adeus ao Campeonato Carioca.

Fazendo uma análise do atual momento dos nossos goleiros, vejo que o torcedor são paulino não vê a hora de Rogério, mesmo beirando os 40, retornar. No Santos, Rafael foi o exemplo do “provisório-definitivo”. Ocupou o lugar de Felipe, que saiu brigado com a torcida após discutir pela internet ao ser chamado de “mão de alface”. No Rio, Felipe é aquilo que todo mundo já sabe, pipoca na hora em que o time mais precisa dele. Jefferson é o selecionável, mas que falhou nos 2 gols do Bangu na semifinal do Carioca. No Flu, ninguém se firma. Já no Vasco, Prass venceu a desconfiança, mas passa longe de ser um candidato para 2014. Temos outros arqueiros, como: Fábio, do Cruzeiro, e Victor, do Grêmio, goleiros que estão há um bom tempo em seus clubes e são candidatos à posição para a próxima Copa.

Não temos uma unanimidade para a posição, aliás, temos apenas uma unanimidade para os 22 que serão convocados: Neymar.

Se todo bom time começa por um bom goleiro, vamos montar pelo menos um time, já que nem o goleiro estamos encontrando...




Rudah Tozati

A Maldição

Demorei até digerir a derrota do Corinthians para a Ponte, no último domingo (22), no Pacaembu.

Não desqualifico a vitória do alvinegro campineiro, que cumpriu (e muito bem) sua proposta de jogo. Pelo contrário, acho que a Ponte poderia ter matado o jogo no 1° tempo, se tivesse aproveitado outras duas chances de gol que foram criadas. Mas a forma como o, até então, invícto no Pacaembu, Corinthians perdeu, foi o que me preocupou. Não vou negar que passou um filme na minha cabeça das eliminações do Timão na Libertadores, na qual, com exceção apenas de 99 e 2000, todas tiveram um vilão, um jogador que foi “responsável” por tal eliminação. Moacir, Coelho, Kleber, Roger, Alexandre Lopes e Guinei, são apenas alguns exemplos de jogadores que ficaram marcados.




 
Se a defesa era o ponto forte da equipe corintiana, nesse domingo ficou provado que o “paredão” pode cair, e caiu.

O Adenor tem 9 dias para trabalhar isso. Não será fácil. Não é a primeira vez que o Corinthians disputa a Libertadores com um goleiro contestado. Nomes como Johnny Herrera, Mauricio e o próprio Felipe, que sofre do mesmo mal de Julio César, falhar em momentos decisivos, fizeram os pobres sofredores das arquibancadas esperarem por mais uma vez a chegada da competição, que é uma verdadeira obsessão no Parque São Jorge, e sentirem aquele eterno pavor que não os abandona em partidas da Taça Libertadores da América.

O corintiano que está preocupado, assim como eu, levante o alface, ops... quis dizer a mão.


Rudah Tozati

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Elitização


Há tempos venho desenvolvendo essa conversa com Henrique Celso, até que chegou o dia de escrever sobre este tema.

O processo de elitização na qual estamos passando vem refletindo diretamente no nosso comportamento e, sem perceber, estamos nos adaptando de forma passiva a tal mudança.

Procurando exemplos, foi muito simples encontrar. Todo esse pensamento começou a partir de uma reflexão sobre o “novo” formato nos shows de bandas “independentes”. Notei que dificilmente nos deparamos com aquela inocência em cima do palco e, consequentemente, nos bastidores destes eventos, a situação é pior. Os valores exorbitantes das entradas se assemelham ao processo de elitização do futebol, que utiliza como modelo o método adotado na Inglaterra, onde o ingresso mais barato não sai por menos que 70 pounds (aproximadamente 210,00 reais). Ou seja, tanto o frequentador de shows quanto o torcedor brasileiro tem que se planejar, caso queira acompanhar sua banda favorita ou seu time do coração no estádio.

No exemplo dos shows, há uma explicação, não justificável, mas bastante utilizada. Com a quebra do mercado fonográfico, restou aos artistas a renda vinda das apresentações e não mais da venda de cds e dvds. Veja os exemplos dos valores de festivais como Rock in Rio e SWU, sem falar no preço cobrado pelo show da Madonna, em que a produtora foi notificada pelo Ministério Público, devido à cobrança surreal de R$ 800,00 por um ingresso.

No caso do futebol, o “aceitável” é a permanência de grandes nomes da bola em solo tupiniquim, deixando o sonho de atuar no futebol europeu em segundo plano, uma vez que o salário pago pelas equipes brasileiras é semelhante (às vezes maior) ao europeu, e mesmo assim, com altos investimentos nos plantéis, os clubes continuam deixando o torcedor sem seus direitos, mesmo com o Estatuto do Torcedor em vigor, o financiador de tudo isso ainda é submetido a ingressos caros, estádios sem assentos, banheiros imundos, violência, falta de estacionamento, entre outras coisas...

Da mesma forma que somos “obrigados” a torcer por ex-jogadores em atividade que voltaram da Europa para finalizarem a carreira no Brasil, temos de engolir a volta de bandas que haviam acabado e resolveram voltar à ativa, fazendo turnê por aqui para arrecadarem uma grana fácil.

Portanto, para acompanhar a elitização, faça hora-extra em seu trabalho, economize ao sair para comer, diminua sua conta de telefone fixo, passe seu celular para pré, se vista com roupas brechó e ande com seu carro só na descida para economizar combustível. Era só o que faltava, né...




Rudah Tozati

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Os 3 lados

Após o jogo de ontem, deparei-me com 2 tipos de torcedores do Corinthians, que vieram conversar comigo:

TEXTO DO PESSIMISTA
Amigos corintianos vieram até mim e perguntaram se eu estou torcendo contra por não me empolgar com o futebol apresentado pelo Timão até o momento... Não. Jamais torceria contra, mas temos de ser realistas, a partida de ontem foi contra ninguém, um time sem tradição, de um país sem tradição, já eliminado da competição, que veio apenas para trocar de camisa com os corintianos ao final do jogo. O jogo foi tão fácil que me lembrou um certo 7 a 1, mas confesso que o adversário de ontem foi mais dificil... A próxima fase ainda será mole, mas a coisa começa a apertar a partir das quartas, somente dali em diante saberemos se esse Corinthians poderá ir além...

TEXTO DO OTIMISTA
Quem é melhor? Corinthians ou Barcelona? A resposta é simples: Corinthians. O Barça tem um Messi. Nós temos um Messi para cada posição. O Adenor avisa aos seus comandados que correr para ganhar de 1 ou ganhar de 10 gera o mesmo número de pontos na classificação, por isso a grande quantidade de vitórias pelo placar mínimo. Pra que correr mais? Ontem, o Barcelona correu e perdeu, e o Corinthians? Ah, o Barça pegou o Chelsea e o Corinthians enfrentou o Deportivo Táchira... O Táchira nunca ganhou a Libertadores, mas venceu o campeonato venezuelano 7 vezes, enquanto o Chelsea nunca venceu a Champions e foi campeão inglês apenas 4 vezes... Levando em consideração que o time venezuelano tem 38 anos de história, já os Blues tem uma história centenária no futebol. História à parte, pode ser de Munique, Madrid, Barcelona ou de Londres, o ROLO COMPRESSOR ALVINEGRO vai atropelar no fim do ano. Aqui não pipoca pra jogador de video game não! Ralf neles!

A minha opinião? Nem um, nem outro.





Rudah Tozati