sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Só mais um

Segundo uma matéria publicada no Jornal Lance, de hoje, 24/02, Adriano confidenciou a amigos que estaria projetando sua saída pelos fundos do Parque São Jorge.
http://www.lancenet.com.br/corinthians/Adriano-planeja-saida-Corinthians_0_651535066.html

É muita coragem e risco de um dos principais jornais esportivos do país expor uma informação como esta sem ao menos contactar um representante do jogador e um membro da diretoria corintiana. Lógico que ambos os lados negariam essa notícia.
De qualquer forma, o contrato do atacante vence dentro de quatro meses. Realmente, até o momento a diretoria alvinegra ainda não tratou de renovação, mas também não jogou a toalha no projeto de recuperar Adriano. Lembrando que quando chegou ao Corinthians, o Imperador disse que precisava de apenas 2 meses para se recondicionar...
A paciência da torcida esgotou há algum tempo, porém todo corintiano esqueceria as críticas ao atacante  caso viessem boas atuações e gols, coisas que ainda não aconteceram.
Se nem o maior artilheiro de todas as copas, eleito por três o vezes melhor jogador do mundo e protagonista dos dois títulos que o Corinthians conquistou em 2009 foi poupado de críticas, não será Adriano o primeiro a conseguir sair ileso.
A torcida do Corinthians ama na mesma proporção que odeia. Tudo é passional. Ídolos muito mais importantes que Adriano sofreram (alguns literalmente na pele) por não conseguirem satisfazer os desejos dos alvinegros. Basta lembrar de um dos maiores jogadores de todos os tempos: Roberto Rivellino, que até sua saída do Timão era o "Reizinho do Parque".

Disciplina, respeito, comprometimento e, principalmente, profissionalismo são palavras que devem estar em todos os lugares que a pessoa/atleta for, já que optou por ter uma carreira ligada ao esporte. Atleta é formador de opinião, é ídolo, é exemplo e tem que estar preparado para lidar com estas questões. O jogador tem um tempo para se preparar para assumir estas responsabilidades. Se ele não consegue gerenciar a própria carreira sozinho, pode contar com uma equipe de assessores dos mais variados assuntos que o próprio clube fornece (isso no caso de atletas de ponta, exemplo do atleta em questão).

No caso de Adriano, parece que o atacante, que é para-raio de confusão, está sempre disposto a colaborar com a imprensa, mas não a responsável pelo esporte, mas sim, pelas páginas policiais e fica sempre a mesma pergunta: Qual será a próxima que o atacante do Corinthians vai aprontar?

Se Adriano realmente for, não deixará saudades. Afinal, é difícil sentir falta de quem nunca esteve presente.

Na república de mais de 30 milhões de loucos, o Imperador é só mais um.


Na Marechal do Marechal com Marechal

Para quem conhece São Bernardo do Campo sabe que a rua Marechal Deodoro é a principal via do comércio que movimenta nossa cidade. O Marechal de Deodoro da Fonseca foi nosso primeiro presidente e se seus restos mortais, se ainda estivessem num caixão, com certeza se revirariam de revolta por tal homenagem.


Marchando com meu Vans surrado e de sola descolando (aceito doações), como o Marechal fez com suas botas rumo às terras paraguaias para a maior batalha nossa da história (que orgulho...), lá estava eu na calçada da direita de São Bernardon e após alguns passos chego à conclusão que algumas só acontecem aqui.

Em meio a tantas pessoas, escuto um grito "Aê maluco, tô ligado, vc é do SENAI...". Ok, realmente, eu fiz SENAI, em São Bernardo, mas isso foi em 99, ou seja, 13 anos atrás. Um tanto quanto curioso em notar que o figura caminhava em minha direção, percebi que era um figurinha fácil de ser lembrado, mas não me perguntem o nome, não faço nem ideia.
Pois bem, ao se aproximar de mim, o garoto polaco, um pouco mais baixo que eu (tenho 1,77) e de dentes zuados (minha tia Rose, de Santos, teria muito trabalho no consultório com ele como paciente) continuou a passar a minha ficha: "Você estudou no 20 de Agosto...". Mais uma vez ele acertou, mas isso também aconteceu em 2000, há apenas 12 anos. Mais um ponto para o alemãozinho de boa memória. Pensei, tenho que dominar essa situação. Coloquei-o como entrevistado e como se fosse meu melhor amigo: "Fala aê, Alemão! Como você está?". Maldita hora que fui perguntar por isso. Mal sabia eu que teria que atuar como psicólogo e assessor jurídico. "Pois é cara, saí do trampo... Briguei com os filhos do meu chefe" disse ele. Fiz cara de espanto e deixei que continuasse o relato. "Agora estou indo lá ver se eles me pagam, se não me pagarem, vou na justiça!"  Dei alguns conselhos sobre onde conseguir tal assessoria e como tentar um diálogo com o ex-patrão para resolver as coisas da melhor forma possível.
O mesmo se despediu com um sorriso sincero e votos de sucesso para mim. Repeti as palavras, mas volto a informar que não faço ideia de quem ele seja...

Menos de uma quadra percorrida, fui abordado por uma coreana, de baixa estatura, que não devia ter mais do que 16 anos. Ela veio em minha direção com um sorriso, milhares de canetas na mão e começou a acompanhar meus passos rápidos rumo ao meu trabalho. A fim de despistá-la, falei o discurso de sempre, que não tinha tempo para lhe dar atenção e nem dinheiro para comprar o que estava me oferecendo. Ela perguntou se poderia falar o porquê de estar ali caminhando comigo com as canetas na mão. A coreaninha simpática se apresentou, seu nome era Erica, mas não me perguntem o sobrenome que pode ser qualquer coisa tipo Ching, Ling, Tsun, Park ou Lee, entendeu, né?! Ok!
Ela disse estar fazendo um trabalho voluntário com a venda de canetas para ajudar a menores pela igreja dela. Lógico que perguntei para qual igreja a mesma estava representando. Respondeu-me "a igreja da Unificação, você conhece?" Disse que sim e apenas para confirmar perguntei se era a do Reverendo Moon. A pequena coreana fez o sinal de positivo com a cabeça demonstrando um certo espanto. Aproveitei o assunto e testei seus conhecimentos sobre o Reverendo, questionando se ela sabia que ele era dono de um time de futebol profissional. Mais uma vez a pequenina respondeu de bate-pronto: " O Atlético Sorocaba!" Ok. Ela entende das coisas. Contei a ela a história de que divulgaram na China que a Seleção Brasileira faria um amistoso contra a seleção local, mas o que mandaram pra lá foi o time do Atlético Sorocaba e quando os chineses descobriram que a equipe de uniforme canarinho e de futebol extremamente limitado (pra não dizer horroroso, assim como o do Mano Menezes...) não era o time de Kaká e Ronaldinho Gaúcho a coisa ficou feia  e até o Reverendo Moon teve que intervir para trazê-los de volta ao Brasil. Detalhe, o jogo acabou 0 a 0. Histórias à parte, seguimos andando na Marechal e ela continuava tentando me convencer a comprar uma caneta. Meu lado solidário falou mais forte e pela persistência da oriental, acabei ficando com uma. Acho que no fim, ela acabou gastando uma parte do dinheiro pagando o ônibus, afinal ela foi parar muito longe do local onde nossa conversa começou.

Recoloquei meu fone na orelha e segui escutando MC Marechal e suas rimas na Marechal do Marechal.

Um dos trechos da música "Viagem", do Marechal,  retrata bem o que passamos diariamente nas ruas das grandes cidades e este foi apenas o relato de mais um exemplo.

"Por que na rua ninguém mais se encontra,
Se esbarra
Ninguém mais se olha,
Se encara
Ninguém mais se ama,
Se amarra
Pra ser feliz ninguém mais se joga,
Se agarra"




    

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Hardcore Contra Cultura em São Bernardo do Campo


No último dia 19, foi realizado em um dos galpões do Cajuv, a Coordenadoria de Ações para a Juventude de São Bernardo do Campo, o Hardcore Contra Cultura. O evento, que teve entrada gratuíta, reuniu mais de 400 pessoas no domingo de carnaval.
A banda de Still Strong abriu a tarde de shows mostrando um hardcore de muita energia no palco.
Em seguida, começou a primeira das 3 sessões da oficina de stencil, ministrada pela artista de rua Verônica Amores "V". Com aulas com duração de 10 minutos e limitadas a 10 alunos por vez.  Neste intervalo de 30 minutos entre uma banda e outra, o produtor Felipe Madureira apresentou o primeiro de 3 documentários que foram exibidos na sala de vídeo.
A segunda banda a se apresentar foi o Leptospirose. O trio de Bragança Paulista tem no carismático vocalista e guitarrista Quique Brown as cartas na manga de como conduzir uma grande apresentação. E dá-lhe pipoca...
Para a segunda pausa, as oficinas voltaram com força total. As salas ficaram pequenas devido a grande procura pelas aulas de stencil e por um raro espaço entre os espectadores dos documentários.
Enquanto isso, O Inimigo arrumava seu equipamento e fazia aumentar a ansiedade do público. A performance da banda foi impressionante. O som dispensa comentários. Uma das principais bandas do cenário no gênero.
Última pausa para as oficinas, assim os ministrantes puderam encerrar seus trabalhos, enquanto alguns se arriscavam de skate no mini-ramp localizado próximo ao palco.
A montagem de uma outra bateria no palco já mostrava o que estaria por vir... Completando 25 anos de história, o Ação Direta, como é de costume, fez mais uma bela exibição. Com um set bem variado, o quarteto de São Bernardo deixou todos os admiradores da banda satisfeitos. Uma aula de como se fazer um som pesado.
Ao final das apresentações, foi servido um jantar vegetariano, de forma gratuíta também.
É a Cajuv, Coordenadoria de Ações para a Juventude de São Bernardo do Campo, realizando em parceria com os integrantes do Projeto Hardcore Contra Cultura mais um evento de entretenimento e informação.

50 chibatadas

Quando acordei, prometi para mim mesmo que não iria falar de futebol.
Por quê?
Simples. Seria uma forma de deixar com que tantos torcedores que dizem que o Corinthians é sempre favorecido pela arbitragem engolissem do próprio veneno, afinal, o que o sr. Guilherme Ceretta de Lima fez com o Bragantino foi algo muito parecido com o que o Dr Fritz faz com seus pacientes, operar sem anestesia. Lembrando apenas que os árbitros erram e acertam para os 2 lados, para os grandes e para os pequenos.
Mas ok, não é este o assunto pela qual vou tratar, e sim, o gol que perdeu o Deivid, na semifinal da Taça Guanabara entre Flamengo e Vasco .
O "Gaguinho" perdeu não só o gol, mas a vaga na final e, de quebra, a chance de manter o tabú contra o time da Colina.
Deivid está sendo vítima de bullying mundial pelo lance bizarro.
A sorte do camisa 9 rubro-negro é que no país do carnaval tudo acaba em samba (ou em Le Parkour e chamas...), se fosse lá na terra do Osama...



Tempo ao tempo

Toda mudança é uma aposta.
A questão da adaptação conta muito com a vontade de quem mudou em tentar fazer com que sua mudança dê certo. Não basta mudar, tem que querer mudar. Não se trata apenas de um deslocamento ou fuga, mas de uma reflexão de tudo que foi feito até então. Hora de levar em conta os riscos e quais serão os pontos positivos de toda alteração. Não esquecer as raízes e ter paciência são aspectos fundamentais para o êxito.
 Dificuldade é algo natural nesse trajeto. A superação desses obstáculos fortalecem a caminhada e valorizam cada conquista.
No fim, vai perceber que era só questão de tempo para tudo se encaixar. Tudo fica mais fácil quando se tem em quem confiar. Afinal, nunca se está sozinho.

http://www.youtube.com/watch?v=pEHVg-m2ZM4